Drone com erro em Wi-Fi permite que veja “através” das paredes

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A Universidade de Waterloo, no Canadá, desenvolveu um drone de baixo custo capaz de monitorar sinais emitidos por dispositivos habilitados para Wi-Fi.

A Internet das Coisas (IoT) está revolucionando as notícias e trazendo mais praticidade. No entanto, os sinais enviados pelos dispositivos durante a busca na rede podem ser rastreados por outros objetos. Felizmente, a equipe da Universidade de Waterloo diz que não há com o que se preocupar.

A razão para isso é que o ladrão não terá o equipamento para mapear a localização dos membros de sua família – e provavelmente também não terá o conhecimento técnico. essa brecha ainda pode ser explorada em casos maiores, como roubo de banco e operações policiais ou militares.

Um drone básico e mais US $ 15 são suficientes para acompanhá-lo

A equipe de TI da universidade tem pouco custo para montar o equipamento. Bastou um “drone comprado em loja”, como destacou a universidade, e mais US$ 15 do equipamento necessário para criar o sistema rastreador.

Para rastrear objetos em casa, o Wi-Peep, como o nome do drone diz, procura sinais de dispositivos inteligentes. Mesmo quando uma rede Wi-Fi estiver conectada a esses dispositivos, eles responderão aos contatos enviados por outros dispositivos.

Assim, o Wi-Peep (um trocadilho com “snooping”) envia vários sinais para os dispositivos, medindo o tempo de resposta e detectando sua posição em um espaço fechado. Se você tiver um smartwatch no pulso, o drone pode rastrear seus movimentos dentro de casa com uma precisão de 1 metro.

O professor da equipe de pesquisa Ali Abedi disse que a falha pode ser corrigida pelos fabricantes de chips que liberam atualizações para que os sinais fossem aleatórios, causando erros na precisão do rastreamento. Mas uma correção embutida, apenas na próxima geração de dispositivos.

O professor da equipe de pesquisa Ali Abedi disse que a falha pode ser corrigida pelos fabricantes de chips que liberam atualizações para que os sinais fossem aleatórios, causando erros na precisão do rastreamento. Mas uma correção embutida, apenas na próxima geração de dispositivos.

Drone
Professor Ali Abedi voa o drone Wi-Peep (Imagem: Divulgação/Universidade de Waterloo)

Para mostrar como a falha pode ser explorada, um exemplo dado pelos responsáveis do projeto é o rastreio de um segurança dentro de uma agência bancária. De fato, é pouco provável que um ladrão compre um drone e aprenda a desenvolver a tecnologia só para roubar uma casa. Contudo, há um uso bem mais óbvio para essa tecnologia.

Rastreio via wi-fi para uso militar

O baixo custo da tecnologia pode ser facilmente convertido para o uso militar e em operações policiais. Claro que mísseis já contam com uma tecnologia avançada de rastreio de alvo, vide o impacto dos Javelin e HIMARS na guerra russo-ucraniana.

Contudo, forças armadas e forças policiais necessitam evitar que inocentes sejam atingidos durante suas operações. 

Para chegar a esse objetivo, uma tecnologia de baixo custo que permite rastrear dispositivos eletrônicos na casa de um suspeito é muito bem-vinda. Provavelmente, o país com a maior força armada do mundo já conta com essa tecnologia — os Estados Unidos não colocariam a vida de seus melhores soldados em risco.

Mas em situações militares mais “corriqueiras”, seja em busca ou vigilância, manter todo um grupo com um ou mais drones (de baixo custo) para rastreio permite uma maior eficiência do serviço e protege tanto os soldados como civis. O mesmo vale para a polícia, que em operações de prisões podem avaliar quantas pessoas (e câmeras) existem na casa do alvo.

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